contato@jorgevalente.com.br

Hepatite C já mata mais pessoas que a Aids nos EUA, diz pesquisa

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O número de pessoas que morrem todos os anos de hepatite C nos EUA já supera as mortes por Aids no país, revela um levantamento publicado na revista médica "Annals of Internal Medicine". 

Enquanto as mortes de americanos causadas pelo vírus HIV caíram para 12,7 mil casos por ano (de um pico de 50 mil mortes anuais em meados dos anos 1990), as mortes ligadas à hepatite C hoje chegam a 15 mil anualmente. 

O grande problema, afirmam os especialistas, é que a infecção pelo vírus da hepatite C é relativamente silenciosa, com sintomas pouco específicos que, em geral, demoram a causar problemas de saúde que apontem claramente para a doença. 

FADIGA 
Esses sintomas não específicos incluem problemas como fadiga, dores nas articulações e depressão, os quais podem durar por décadas, escreve o grupo liderado por Kathleen Ly, dos CDCs (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) em artigo na revista médica. 

Ao longo do tempo, porém, o dano acumulado que o vírus causa ao organismo acaba gerando efeitos como cirrose ou câncer de fígado, levando os doentes à morte. 

A doença é transmitida pelo sangue e está ligada ao uso crônico ou esporádico de drogas injetáveis. Transmissões pela via sexual também podem ocorrer ocasionalmente. 

Com a chegada ao mercado de novas drogas contra a doença, consideradas mais promissoras, os médicos discutem se o tratamento de quem não tem sintomas deveria ser implementado.