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Miomas têm alta incidência em mulheres negras

segunda-feira, 14 de março de 2011

Uma doença que é responsável por cerca de 40% das consultas ginecológicas é também uma das grandes causas de infertilidade nas mulheres. Os miomas são tumorações benignas do útero, que podem variar quanto à localização e tamanho e são mais incidentes na população negra - cerca de 60% dos casos ocorrem nas mulheres desta raça

 

Os miomas podem causar sangramentos, aumento do volume do abdômen, dor pélvica e infertilidade. Como a incidência da doença em mulheres em idade reprodutiva é alta, isso se torna uma grande preocupação para quem deseja ser mãe.

 

De acordo com o médico ginecologista Jorge Valente, especializado no tratamento de miomas, existem hoje técnicas avançadas que preservam a fertilidade das pacientes. “Ter mioma não significa precisar retirar o útero. É necessária uma avaliação minuciosa, levando em conta fatores como o desejo reprodutivo das pacientes, intensidade dos sintomas, principalmente de sangramento, número e localização dos miomas no útero, volume uterino e idade da paciente”, detalha.

 

“Visto esses paramentos, é escolhido o tratamento que mais se encaixa no perfil da paciente, que pode ser um tratamento hormonal, cirurgia para retirada apenas do mioma, cirurgia para retira do útero, embolização ou, em alguns casos, a associação de mais de uma dessas técnicas”, explica o especialista.

 

Tratamentos

Os tratamentos hormonais - que bloqueiam a menstruação - impedem o crescimento e aparecimento de novos nódulos e acabam com o sangramento excessivo, porém não funcionam em miomas muito grandes, segundo Valente. Na embolização, técnica não cirúrgica e que preserva o útero da paciente, pequenas esferas são introduzidas através de um vaso sanguíneo da perna até a circulação do mioma, causando necrose da tumoração.

 

No caso da cirurgia, os métodos utilizados podem ser variados, como laparotomia, laparoscopia, histerocopia e histerectomia. “No caso da histerectomia, a via vaginal é a que tem melhores resultados, por gerar menos dor e oferecer menor risco de infecção, com menos tempo de internamento e retorno precoce as atividades”, aponta o médico.


Foto: Tatiana Reis