O procedimento identifica miomas, pólipos e câncer de endométrio, dentre muitas outras doenças ginecológicas

Importante aliado da saúde da mulher, o exame de histeroscopia é um procedimento que possibilita visualizar a cavidade uterina, o canal cervical e a vagina e diagnosticar inúmeras patologias ou disfunções que acometem o aparelho reprodutor feminino, como miomas, pólipos, espessamento do endométrio, sangramento anormal e câncer de endométrio. Malformações uterinas que podem dificultar a gravidez e provocar abortos de repetição também podem ser identificadas e tratadas através da técnica.

"Além de sua importância na prevenção e diagnóstico de doenças, a histeroscopia também pode ter função cirúrgica terapêutica", explica o ginecologista Jorge Valente, diretor médico do CEPARH - Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana. O procedimento é indicado para retirada de pólipos, miomas submucosos, correção de malformações uterinas e biópsias endometriais. “A técnica representa um avanço na prevenção e no tratamento de doenças ginecológicas comuns”, acrescenta o médico.

Técnica minimamente invasiva, que não requer cortes, a histeroscopia é um procedimento seguro, rápido e indolor, que pode ser realizado em ambulatório, geralmente, com sedação e não requer internação. A paciente pode retornar às suas atividades normais após um rápido repouso.

O procedimento é realizado através de um fino instrumento de fibra óptica acoplado a uma microcâmera - o histeroscópio - que é introduzido na cavidade uterina através da vagina. As imagens captadas são ampliadas e transmitidas para um monitor, possibilitando o diagnóstico de lesões no útero. Todo o exame é filmado e fotografado.

O médico Jorge Valente esclarece que o procedimento deve ser realizado quando indicado pelo ginecologista para completar a investigação de alguma doença ou com finalidade cirúrgica como, por exemplo, retirada de pólipos e miomas submucosos.