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Disfunção sexual atinge cerca de 50% das mulheres brasileiras

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O brasileiro tem fama de ser bom de cama e, nesse quesito, as mulheres também estão entre as melhores do mundo. Mas, apesar da fama, boa parte do público feminino não consegue atingir o orgasmo. 

De acordo com o último levantamento sobre o perfil sexual dos brasileiros, realizado pelo Projeto Sexualidade (ProSex) com mais de 8 mil pessoas do país, pelo menos 30% das brasileiras vive esta situação.

Ainda de acordo com a pesquisa, 35% têm alguma dificuldade de sentir desejo e 21% sentem dor durante a relação sexual. “Estudos revelam que cerca de 50% das brasileiras têm algum tipo de disfunção sexual”, afirma o ginecologista Jorge Valente.

A disfunção sexual em mulheres pode envolver não somente a incapacidade de atingir o orgasmo e dores durante o ato sexual ou penetração, mas também a redução na libido, uma forte rejeição à atividade sexual e dificuldade em ficar excitada. 

Segundo o médico, alterações hormonais, doenças e fatores psicológicos estão entre as principais causas. “Durante muito tempo, as pessoas acreditaram que a disfunção sexual em mulheres ocorria em função da má atuação do parceiro ou por problemas psicológicos, mas diversas pesquisas mostraram, ao longo dos anos, que há causas físicas para os problemas sexuais”.

Infecções vaginais, inflamação do colo do útero, diabetes, depressão, alterações da tireoide, deficiência hormonal e o uso de alguns medicamentos são apenas algumas delas. O tratamento indicado dependerá justamente da causa da disfunção, que deve ser avaliada por um profissional. Se a causa for psicológica, recomenda-se terapia comportamental, mas se a disfunção for orgânica, há variadas formas de tratar o problema.  

“Em boa parte dos casos, a disfunção é causada por conta de um desequilíbrio hormonal como, por exemplo, um aumento da prolactina ou uma diminuição da testosterona ou do androgênio. Nestes casos, indicamos a reposição de hormônios, que pode trazer uma série de benefícios e resolver o problema da disfunção”, diz Jorge Valente.

De acordo com o médico, também podem ser recomendados o uso de medicamentos, exercícios perineais e até cirurgia. “Na verdade, tudo dependerá da causa da disfunção”, explica.