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Pólipos endometriais podem ser tratados com histeroscopia

quarta-feira, 16 de julho de 2014


Cerca de 10% das mulheres com mais de 40 anos desenvolvem pólipos uterinos, tumorações benignas caracterizadas pela formação um tecido anormal na camada interna do útero. Cólicas intensas, sangramento excessivo durante a menstruação, entre os ciclos, nas relações sexuais ou até mesmo após a menopausa são alguns dos sintomas mais comuns dos pólipos ginecológicos. “Por serem lesões muito vascularizadas, os pólipos sangram com frequência”, explica o ginecologista Jorge Valente. “Vale ressaltar, no entanto, que cerca de 30% das pacientes são assintomáticas e só descobrem que têm um ou mais pólipos nos exames preventivos”, alerta o especialista. 
 
Embora sua causa não seja conhecida, o desenvolvimento de pólipos é mais comum em mulheres com histórico familiar, pacientes obesas, hipertensas e na faixa etária de 40 a 50 anos de idade. O diagnóstico depende da sua localização. Exames preventivos de rotina podem diagnosticar pólipos na parte externa do colo do útero (pólipos cervicais). Já os pólipos endometriais, localizados no canal uterino, são identificados, inicialmente, por ultra-sonografia transvaginal.  A vídeo-histeroscopia, procedimento cirúrgico minimamente invasivo que permite visualizar a cavidade uterina, confirma o diagnóstico de possíveis lesões e trata as mesmas, removendo-as para análise laboratorial (biópsia). “O método é indicado para confirmar o diagnóstico já sugerido com a realização prévia da ultra-sonografia transvaginal, assim como para o próprio tratamento da patologia, nos casos de pólipos endometriais,”  esclarece Jorge Valente. 
 
O tratamento indicado depende de cada caso. Em alguns casos pode ser medicamentoso com hormônios que inibem o crescimento ou o surgimento de novos pólipos. A polipectomia histeroscópica (retirada de pólipos através da vídeo-histeroscopia) é um método seguro, simples e preciso que tem apresentado resultados eficazes no tratamento dos polipos endometriais, que podem ser recorrentes. O procedimento é rápido e indolor e a paciente pode retomar suas atividades no dia seguinte.
 
 
O potencial de malignização dos pólipos é baixo, varia de 0,5 a 3,2%. “É fundamental que após a retirada do pólipo a paciente tenha um acompanhamento médico a cada seis meses para prevenção do câncer de endométrio, uma vez que esses tumores são recorrentes e têm uma pequena possibilidade de evoluírem para uma neoplasia”, recomenda o médico Jorge Valente.